Apesar da suspensão de 301 planos de saúde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os usuários ainda enfrentam dificuldades para conseguir consultas médicas pelos planos de saúde.
A paralisação dos profissionais por 15 dias, que teve início nesta terça-feira em parte do país, complica ainda mais o serviço, gerando irritação entre os clientes. Em muitos casos, mesmo com plano de saúde, a marcação de consultas pode demorar até seis meses, como ocorre com alguns médicos do plano de saúde Unimed, no Rio Grande do Sul.
Uma das situações mais constrangedoras dos usuários é o de tentar a marcação de um consulta médica, receberem como resposta que ela só pode ser feita daqui há três meses. Porém, quando quando a marcação é de consulta particular, o agendamento pode ser feito para alguns dias depois.
No início deste mês, a ANS suspendeu a comercialização de 301 planos de saúde administrados por 38 operadoras em função da não adequação à Resolução 259, que estabelece prazos máximos para a marcação de consultas, exames e cirurgias.
Dados indicam que entre julho e setembro foram registradas mais de 10 mil reclamações referentes ao não cumprimento dos prazos estabelecidos.
A orientação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) para quem vai contratar um plano de saúde é fazer uma pesquisa no site da ANS. Com o nome ou o registro da operadora, é possível saber a situação do plano e o índice de reclamação dos consumidores.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) questiona o processo de análise e de decisões que levaram à suspensão e disse que vai tomar medidas contra a ação, que considera uma “ingerência” no setor.